O Museu

O Museu da Cana, localizado entre as cidades de Sertãozinho e Pontal (SP), preserva a área industrial e um espaço de floresta do antigo Engenho Central, também conhecido como Usina Schmidt. O museu foi aberto em dezembro de 2013, após a adequação do patrimônio industrial para visitação pública.

Construído no início do século XX, a indústria de extração do açúcar e do aguardente a partir da cana, começou a funcionar em 1906 com equipamentos movidos a vapor produzidos na Escócia e França no fim dos anos de 1880. 

Francisco Schmidt, um dos maiores fazendeiros de café da época, nascido em 1850 na Alemanha, chegou ao Brasil ainda criança. Na região da terra vermelha investiu na construção da Usina Schmidt até sua morte em 1924, passando-a para seus descendentes e depois vendida para Maurílio Biagi na década de 1960.

A preservação das edificações, dos equipamentos e dos maquinários do Engenho Central é um sonho antigo da família Biagi, que iniciou o processo para torná-lo em museu, disponibilizando o acesso e a fruição da memória industrial em meio ao canavial.

O visitante encontra no local área total de 44,64 hectares e 9,20 hectares ocupados por edificações, sendo destaque o prédio central do antigo engenho, que compõem a exposição principal. A arquitetura da fábrica tem o estilo industrial inglês, típico da época de sua construção, possui galpão amplo com tijolos aparentes e ornamentos simples. Construído para abrigar maquinaria destinada a extrair e preparar o caldo da cana está mantida nos locais originais de funcionamento, trazendo uma condição especial a esse museu.

Ao redor do prédio central, área principal da visitação, encontram-se edificações de apoio da usina, que hoje são espaços adequados para exposições temporárias, reserva técnica e salas multiuso para fins museológicos.

O acervo do museu contém cerca de 3.000 objetos que representam os precursores da história da metalurgia desenvolvida na região para atender a demanda do processamento da cana-de-açúcar, trabalho executado em grande parte pelos imigrantes, principalmente italianos.

O acervo também conta com uma coleção de objetos de Banguê, arrematados de antigos engenhos da região nordeste, datados do século XVI, período que representa os primórdios da produção de açúcar no Brasil. 

Para sua implantação o Museu da Cana contou com atuação do Stúdio Sarasá, empresa especializada em restauro de patrimônio edificado de valor histórico, e os apoios do Ministério da Cultura, por meio da lei Rouanet, e do governo do Estado de São Paulo, por meio do Proac (Programa de Ação Cultural), com os patrocínios de Bradesco, Itaú BBA, Cia de Bebidas Ipiranga, Dow Agrosciences, Weg Motores Elétricos, Renk Zanini, Usinas Santo Antonio, São Francisco e Santa Vitória, Caldema, TGM Turbinas, Native Orgânicos, Biosev, Sermatec, Sorocaba Refrescos e CPFL Energia.

Plano Museológico 2023

Faça download do documento referente ao Plano Museológico do Museu e tenha acesso a mais informações sobre o espaço.

Inauguração do Museu

Confira nossa galeria de fotos com imagens da inauguração do Museu que aconteceu em 14 de dezembro de 2013.

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